"Pois, diante desse imenso ponto de interrogação que é o futuro de todos nós, reformulei minhas crenças: estou me dando o direito de não pensar tanto, de me cobrar menos ainda, e deixar para compreender depois. Desisti de atracar o barco e resolvi aproveitar a paisagem." Martha Medeiros
Natal de quê? De quem? Daqueles que o não têm? Dos que não são cristãos? Ou de quem traz às costas as cinzas de milhões? Natal de paz agora nesta terra de sangue? Natal de liberdade num mundo de oprimidos? Natal de uma justiça roubada sempre a todos? Natal de ser-se igual em ser-se concebido, em de um ventre nascer-se, em por de amor sofrer-se, em de morte morrer-se, e de ser-se esquecido? Natal de caridade, quando a fome ainda mata? Natal de qual esperança num mundo todo bombas? Natal de honesta fé, com gente que é traição, vil ódio, mesquinhez, e até Natal de amor? Natal de quê? De quem? Daqueles que o não têm, ou dos que olhando ao longe sonham de humana vida um mundo que não há? Ou dos que se torturam e torturados são na crença de que os homens devem estender-se a mão?