quinta-feira, 3 de julho de 2014

TERRA INCULTA



Eu sou a terra ignota e bárbara
Que sentiu a pujança da sua profundidade
E aspirou a cobrir-se de searas,
E sonhou coroar-se de frutos.

Permaneceu, porém, ignota e bárbara.
Viu ondularem as searas alheias,
Viu sazonarem frutos de outras terras,
Talvez, menos fecundas.


Helena Kolody
In ‘Luz Infinita’

Nenhum comentário:

Postar um comentário