quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

REGRESSO

REGRESSO

Quando eu chegar... Terás o peito aberto
para acolher o amor que em mim perdura?
Para aninhar o que tenho encoberto,
envolto em versos da rima mais pura?

Quando eu chegar... Mas sempre estive perto...
Supri distâncias com minha ternura,
flori, com pranto, o roseiral deserto...
Porém, não viste... Buscas aventura.

E vais de flor em flor, sem ter destino,
teu versejar descreve o descaminho,
teu passo é amargo, de vão peregrino.

Quando eu chegar... Terás serenidade
para me contemplar, além da idade...
E enfim deixar brotar o teu carinho?

- Patricia Neme -

(quentinho, feito hoje, rsrsr)

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