quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

ANA JÁCOMO




Depois de tantas buscas, encontros, desencontros,
acho que a minha mais sincera intenção é me sentir
confortável, o máximo que eu puder, estando na minha
própria pele. É me sentir confortável, mesmo acessando,
 vez ou outra, lugares da memória que eu adoraria
inacessíveis, tristezas que não cicatrizaram, padrões
que eu ainda não soube transformar, embora continue
me empenhando para conseguir.
É me sentir confortável, mesmo sentindo uma saudade
imensa de uma pátria, aparentemente utópica, onde
os seus cidadãos tenham ternura, respeito e bondade,
suficientes, para ajudar uns aos outros na tecelagem
da paz e no desenho do caminho.

Ana Jácomo

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