quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

EXCERTO LITERÁRIO




Resignava-me dificilmente a voltar para Paris.
Subia na sacada: só via telhados; o céu reduzia-se 
a um lugar geométrico, o ar não era mais perfume
nem carícia, confundia-se com o espaço nu. Os
ruídos da rua não me diziam nada. Aí ficava, de 
coração vazio e lágrimas nos olhos.

Simone de Beauvoir,
in Memórias de uma moça bem-comportada



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