sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O FLAMBOYANT



Ao sol que a doura e abrasa, ao sol que anima e inflama,
Arria-se, aureolada, a árvore senhorial
De faustosos festões e, rubra, se recama
De flores de ouro e fogo, aberta em flores mil.

Fascinante a cimeira, ostenta, rama a rama,
O encanto natural da flor rara e gentil,
De pétalas de sangue e sépalas de chama;
E, em vez de folha, a flor esplende em cada hastil.

O flamboyant florindo, o florígero estema,
Flutuante a flamejar, num rubor de arrebol,
- Pompéia, iriando à luz, a floração suprema.

E a fulgurar floresce, até perder, em prol
De outra copa mais linda, o purpúreo diadema,
Morrendo pela vida, em holocausto ao sol.


Da Costa e Silva
Poesias Completas

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