"Nós adoecemos da ausência de amigos.
Precisamos desse reconhecimento mútuo,
pessoa a pessoa: um reconhecimento não
fundado no confronto ou na competição,
mas no afeto; não determinado meramente
pelas leis da justiça ou pelos vínculos
de sangue, mas assente na gratuidade.
O olhar do amigo é uma âncora. A ela nos
seguramos em estações diferentes da vida
para receber esse bem inestimável de que
temos absoluta necessidade e que,
verdadeiramente, só a amizade nos pode dar:
a certeza de que somos acompanhados e
reconhecidos. Sem isso a vida é uma baça
surdina destinada ao esquecimento."
José Tolentino Mendonça,
em "Nenhum Caminho será Longo"
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