terça-feira, 13 de maio de 2014

QUANDO PARTIU...



 Quando partiu, levava as mãos no bolso,
 a cabeça erguida. Não olhava para trás,
 porque olhar para trás era uma maneira de ficar
 num pedaço qualquer para partir incompleto,
 ficado em meio para trás. Não olhava, pois,
 e, pois não ficava. Completo, partiu.


 Caio Fernando Abreu


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