sábado, 4 de outubro de 2014

“OS EXCITANTES E A SATURAÇÃO”



Antes era a ponta do o pé, nos primeiro tempos do romantismo;
depois, os braços, de que o velho machado não tirava os olhos. 
Agora, que está tudo à mostra, ninguém nota. O mesmo que se 
dá com a literatura,Onde tudo se nomeia e nada se diz. E, com 
a imaginação é que excita e, faltando ela, tudo falta, veio o pulo. 
O barulho, o berro, para substituir a dança, a música, o canto. 
Em todo caso, é de esperar que não se esteja regredindo. Apenas 
Uma pausa. Talvez uma necessária sonoterapia na arte de sentir e 
de expressar-se.


Mario Quintana
In “A vaca e o hipogrifo”

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